João Reis III é artista de origem pernambucana, residente em Brasília, capital. A metrópole modernista e o sertão atemporal colorem e dão forma ao que expressa na arte.
Iniciou em 2007 suas exposições individuais em Salvador (BA), capital primeira do País, com a trilogia da música: "Luthier, antes e depois da música", "Luthier: concerto para cordas e cores" e "Design sonoro".
Seu trabalho intelectual inclui a produção cultural em diversas linguagens e a docência.
A partir de um sarau com amigos, incluindo poesia , crônicas, músicas e pequenos contos sobre o vinho, criei poemas, canções e comecei as pinturas VINHOTEMPO, na deliciosa ambientação dessa bebida. E, em 2017, fiz um show cênico sobre o tema, que foi o resultado óbvio do desenvolvimento do sarau. O projeto evoluiu, gerando imagens e textos.
A simbologia do vinho , que descobri ser imensa, de fato embriaga - pela sua força , intensidade e beleza. Essa bebida tem muitos significados culturais e sempre foi presente nas artes plásticas. Além disso o design de rótulos e das garrafas muitas vezes são obras artísticas encantadoras. Mas, para fugir da representação da bebida, escolhi as obras com visão contemporânea.
E diante de tanto encantamento, tantas possibilidades e linguagens, Opteri por trafegar por símbolos diferentes, oferecendo novas leituras da presença do vinho em nosso imaginário.
Como a transformação - que é a essência do tempo - é uma definição linda para a vinicultura, o conceito existencial que ele carrega entrou em todas as obras. Por isso a poesia se manteve presente no buquê do projeto, aroma do vinho maduro
Gosto da ideia de um personagem cozinheiro que traz palavras e imagens para um banquete . Belos ingredientes para uma culinária que produz aquilo forjado por adegas ou vinícolas: vida e significados.
Outros sabores , com suas brasas harmonizando a passagem dos dias e as brisa das noites.
João Reis III, junho de 2018.
Quem dá de beber ao seu amor é você.
Meu poder é apenas alcoolizar a paixão sobriamente.